quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Avaliação do curso de informática

Após termos trabalhado juntos nos dias que se sucederam durante o curso, posso dizer que foi válido, pois mesmo com o pouco tempo que temos para trabalhar com o computador, percebi que o aprendizado foi de grande valia. Eu sabia somente trabalhar naquilo que me era necessário, mas no curso aprendemos além e com isso descobrimos coisas importantes que podem fazer parte de nosso dia-a-dia! Parabéns e até a próxima!

Sites interessantes

ATIVIDADES LÚDICAS E PEDAGÓGICAS

http://www.meninomaluquinho.com.br

http://web.educom.pt/pr1305/primav.m.htm

TEXTOS DO PROF. MORAN

http://www.eca.usp.br/prof/moran/

http://www.eca.usp.br/prof/moran/educar.htm

http://www.eca.usp.br/prof/moran/modificar.htm

OUTROS TEXTOS

http://semordem.blogspot.com/2008/01/importncia-do-professor.htm

MÚSICAS PARA A PRÉ-ESCOLA

http://www.meloteca.com/pedagogia-pre-escolar.ht

http://www.cdof.com.br/recrea12.htm

RECREAÇÃO E LAZER

http://www.cdof.com.br/recrea10.htm

FAZER PEDAGÓGICO ENVOLVENDO AS TECNOLOGIAS

Atualmente é difícil falar em educação sem falar das novas tecnologias de comunicação, principalmente a informática. Ela vem ocupando um espaço cada vez maior nas reflexões e práticas educativas.

O mundo contemporâneo faz com que todos nós estejamos imersos em imagens. A competição comercial, própria do capitalismo, associada às facilidades da imprensa, da fotografia, do cinema, da televisão e dos computadores, faz com que sejamos mergulhados em um universo em que o aspecto visual é preponderante.

Diante dessa evidência, a escola não pode continuar restrita ao texto verbal escrito, embora ele seja imprescindível. É urgente que a imagem pertença ao contexto escolar, não apenas para que esse ambiente seja mais coerente com o cotidiano do aluno, mas também para educá-lo para a leitura crítica das imagens.

    Nesse sentido faz-se necessário a modernização das escolas com implantação do computador na educação, e para isso são necessários basicamente quatro ingredientes: o computador, os programas educacionais, o professor capacitado para usar o computador como meio educacional e o aluno. Todos eles têm igual importância e serão devidamente tratados ao longo desse trabalho. Entretanto, descreveremos os diferentes tipos de programas educativos: um ingrediente com tanta importância quanto os outros, pois, sem ele, o computador jamais poderá ser utilizado na educação.

    Um dos objetivos que está presente na utilização de programas educativos consiste na procura de meios que reforcem a motivação dos alunos no processo de ensino-aprendizagem. Os programas educativos não apóiam ou reforçam a aprendizagem de qualquer maneira. É por isso que na sua avaliação em termos pedagógicos é fundamental analisar, as teorias de aprendizagem adotadas pelos seus conceptores. O programa educativo desenvolvido por um conceptor "conducionista” é, em princípio, muito diferente do produzido por um conceptor construtivista. Este é um aspecto que as grelhas de avaliação de programas educativos não dão o devido relevo, mas que se reveste da maior importância para um professor.

    Promover a participação criativa de todos na produção da informação para que desenvolvam todas as habilidades necessárias com diferentes visões de mundo, trabalhar para que a relação professor/aluno seja de cooperação e ajuda mútua e não de competição; compreender com profundidade as perspectivas abertas pela tele informatização da sociedade, para satisfazer as necessidades da inserção de novos sujeitos nessa cultura; ampliar conhecimento para que aconteça interpretação da realidade por parte dos educadores e educandos; visar o domínio amplo deste novo recurso, o conhecimento de suas vantagens e desvantagens como meio auxiliar do processo educacional; exercitar a iniciativa, a curiosidade e os desejos de cada educando para que possam trabalhar de forma lúdica, integradora e criativa.

Numa perspectiva conducionista, a aprendizagem é concebida como um mecanismo de "estímulo - resposta". Apresenta-se ao certo material a um aluno e espera-se uma dada certa resposta. Após esta operação o professor (ou o programa informático) analisa as respostas dadas e fornece a informação referente aos resultados atingidos. Por último, espera-se que os resultados positivos estimulam o aluno a interiorizar os conteúdos da sessão ou lição, e os resultados negativos o convençam a voltar a pensar. Nesta teoria o aluno é encarado de uma forma passiva, sendo freqüentemente reduzido a um mero receptáculo de saberes que lhe são transmitidos independentemente dos seus estados cognitivos. Em síntese, esta teoria faz tábua rasa dos conhecimentos que o aluno já possui antes de iniciar a aprendizagem, ignora também os seus interesses e ritmos de aprendizagem.

Numa perspectiva construtivista, a aprendizagem é concebida como um processo de acomodação e assimilação em que os alunos modificam as suas estruturas cognitivas internas nas suas experiências pessoais. Nesta teoria os alunos são encarados como participantes ativos, aprendendo de uma forma que depende do seu estado cognitivo concreto. Os conhecimentos prévios, interesses, expectativas, e ritmos de aprendizagem são levados em conta nesta aprendizagem. Ela é entendida essencialmente como o processo de revisão, modificação e reorganização dos esquemas de conhecimento inicial dos alunos e a construção de outros novos, e o ensino como um processo de ajuda prestado a esta atividade construtiva do aluno. O professor é encarado como um mediador entre os conteúdos e os alunos, cabendo-lhe organizar ambientes de aprendizagens estimulantes que facilitem esta construção cognitiva.

Estas duas teorias de aprendizagem são hoje tomadas como referências fundamentais na construção de programas educativos.

Um programa educativo que se propõe a ser construtivista deve propiciar à criança a chance de aprender com seus próprios erros. O simples fato de um programa possuir sons e animações não são indicativos para que o mesmo seja classificado como construtivista.

Além do mais, qualquer programa que se propõe a ser educativo tem que permitir a intervenção do professor, como agente de aprendizagem, como desencadeador e construtor de uma prática específica e qualificada que objetiva a promoção do aprendiz.

As tecnologias de informação e comunicação estão a transformar os nossos conceitos mais básicos sobre educação, nomeadamente devido ao efeito de globalização. É possível conceber que num futuro próximo a maioria dos alunos dos países mais desenvolvidos terá acesso a aprendizagens de elevada qualidade, através de programas educativos, a partir de qualquer ponto onde se encontrem, seja em casa, no trabalho, na escola, ou na casa de férias...

Vivemos uma época de grandes mudanças no ensino focado na aprendizagem. Educar com novas tecnologias é um desafio que até agora não foi enfrentado com profundidade. Temos feito apenas adaptações, pequenas mudanças.

Fundamentalmente, precisamos refletir e sensibilizar todos os envolvidos com a educação e outros setores do poder público ou iniciativa privada para que considerem a educação como um compromisso da sociedade em geral.

Não usamos tecnologia por mera brincadeira ou para dizer que somos modernos. Usamos tecnologia porque, com recursos lúdicos e contemporâneos, podemos educar crianças e jovens para viver com responsabilidade, espírito crítico, autonomia e liberdade em um mundo tecnologicamente desenvolvido.

Dessa maneira, não se concebe a idéia de avaliar um programa educativo levando em consideração somente à beleza gráfica, onde são criados ambientes graficamente sofisticados que desconhecem a longa trajetória do aprendiz para construir seus conhecimentos.

Toda essa discussão se torna necessária, primeiro, para conscientizar os educadores de que a escolha de programas educativos está intimamente relacionada com a proposta pedagógica que se pretende desenvolver. Segundo, para não deixar que aconteça uma produção e comercialização desenfreada de programas educativos, nos mesmos moldes dos livros didáticos, que muitas vezes não acrescentam nada ao trabalho educativo. Porém, como diz a professora Sônia Sette (1998), “programa é programa, educativo somos Nós”, pois quem determina as possibilidades de uso dos programas na educação são os professores, com suas concepções sobre o que é ensinar e aprender.